Amanda nasceu no dia 10 de abril de 2008, na cidade de Hamamatsu, província de Shizuoka, Japão. Filha de mãe descendente de japonês, com nacionalidade brasileira.

Desde pequena demostrava interesse por água, brincava todos os dias fascinada pelo movimento da água. Porém, aos 3 anos e meio de idade foi diagnosticada com características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Com o passar do tempo as características se tornaram mais claras e evidentes e aos 6 anos de idade já havia recebido o diagnóstico de autismo severo, oque resultou em seu encaminhamento para uma escola de orientação especial.

A comunicação era difícil e sem conseguir controlar seus impulsos, 1+1 nunca eram igual a 2. Eram 1 e 1, 2 e 2. Porém, prosseguiu com uma curiosidade muito pura. A curiosidade a conectou com a pintura. Em um certo momento, ao invés de palavras em um papel branco, começou a colocar cores. Parecia que utilizava as cores para expressar suas palavras na tela misturando as cores com as sensações dos dias que brincava com a água na sua tenra idade. Aos 7 anos de idade foi descoberta como um gênio e com assistência e orientação passou a pintar com liberdade e ousadia utilizando de muitas cores, tendo as grandes telas como palco para se expressar. Para ela, as telas são paletas, cobrindo-as diretamente com cores vermelha, preta, verde, etc… criando um fundo de texturas, as vezes cobria de tinta branca as telas mesmo brancas. Assim, derrama as cores em cima da tela com bisnagas como se estivesse brincando de pistola de água produzindo som em cima da tela ao espirrar as tintas. E então ela vai sobrepondo as cores como se tivesse total compreensão do fluido inesperado das tintas. As vezes, escolhe tigelas, spray, bisnagas, etc… como ferramenta para pintar.

Para a Amanda, o universo da pintura é uma forma de se comunicar com nosso universo. Hoje, Amanda aos poucos tem conseguido controlar a ansiedade mais que outrora, com muito mais vida após ter encontrado as telas e as tintas para se expressar livremente e a felicidade chegou com a pintura. Parece que Amanda expressa a felicidade do coração de um ser humano puro, suas tristezas, o grito internalizado do instinto humano e o universo em suas pinturas. Não podemos calar a voz que Amanda expressa através de sua pintura.